terça-feira, 7 de julho de 2009

CONSELHO MUNICIPAL DE PROMOÇÃO DA IGUALDADE RACIAL EM LEOPOLDINA

Neste dia cinco de julho, participei de uma reunião histórica no salão do Clube Cutubas aqui em Leopoldina, foi a assembléia de constituição do “COMPIR – Conselho Municipal de Promoção da Igualdade Racial”. Também na reunião foi aprovado o Estatuto do Conselho e a eleição da Diretoria.

Senti por parte das pessoas presentes interesse e disponibilidade. Vale destacar a atuação e empenho do Sr. Wantuil para se chegar até esse momento, nessa assembléia e de todos os demais que ali se posicionaram. E fiquei satisfeita com o grande número de auto-representantes, isso confere veracidade e consistência à entidade. Quero crer, que já evoluímos em nosso Município de uma época de pouca participação em Conselhos Municipais para um tempo novo de intensa co-responsabilidade social. Todo movimento participativo, é sempre um caminho novo que se abre, pessoas se encontram, dão as mãos e seguem pelas trilhas e alamedas que levarão até o objetivo comum. No caso dos Conselhos Municipais, o objetivo comum é sempre a promoção e defesa de Direitos e na caminhada sempre nos deparamos com pedras, desvios, barreiras, e até pinguelas, ou seja, ao mesmo tempo em que teremos momentos de caminho fluente, teremos atropelos e riscos no caminho. Mas se não perdermos o foco, o objetivo comum e as mãos permanecerem unidas, é possível a chegada. Mas cada chegada já pressupõe uma nova trajetória, pois todo direito consolidado, toda conquista, gera novas necessidades, planos e projetos.

Discutir igualdade racial neste país, ainda gera muita polêmica, até mesmo entre a própria população que se auto-representa nesses movimentos. A expressão “políticas de afirmação”, apesar de para muitos de nós não ser novidade, para outros tantos mais, representa ações muito novas que carecem de uma compreensão maior. Para entender dessas políticas é preciso dar visibilidade a realidade em sua totalidade, ou seja, sem camuflagem, com clareza, com dados reais, concretos, contando a “verdadeira história”.

Seja como for o desenrolar de nossas ações, não podemos nos perder em conjecturas ou devanear sobre hipóteses sem consistência. Vivemos a era do conhecimento, temos as ciências a nosso serviço, mas também vivemos a era da informação, e na velocidade do fluxo desta, precisamos de cuidados especiais para não nos prender no periférico e esquecer a essência do que buscamos. O fato é, estamos no meio de um processo social que busca a consolidação do pleno exercício da cidadania de todos, sem distinção, em nossa sociedade. Mas se é um processo e estamos no meio dele, a movimentação ainda é intensa, teremos momentos de altos e baixos, de encontros e desencontros, mas sempre o movimento é continuo e evolui, mesmo que pareça ser de forma tímida. Como é um processo, a tendência é que os projetos, programas vão aos poucos se apurando para corresponder cada vez mais a nossa realidade social. Na medida em que algumas realidades vão se modificando, a compreensão também vai melhorando e vamos acertando, aparando as arestas das chamadas políticas afirmativas.

O que não podemos é simplesmente condenar, sem contribuir para a mudança. A crítica pela crítica, sem filtrarmos as informações não nos levará as mudanças necessárias. O senso comum nem sempre está diante de nós para ser considerado com única verdade, mas em muitas das vezes, para que reconheçamos a idéia que prevalece no senso comum e com ela reconhecermos a nossas fragilidades sociais e a necessidade de construção de um novo conceito e prática social, de um novo paradigma. Para essa construção, é comum que precisemos desconstruir um conceito, dessecar ele, abrir as feridas, nos abolir dos pré-conceitos e só aí, aplanando o terreno, iniciarmos a construção de uma nova concepção. É assim que as idéias nascem e se consolidam, deixam de existir na individualidade de nossa consciência e passam para a uma consciência coletividade que levará a um novo tempo e realidade social, se for absorvida por nós, vivida, captada e processada pela mente e levada ao coração, será sistematizada e consolidada, passando ao domínio do inconsciente coletivo. Ou seja, passamos a viver, a sentir a nova realidade e não precisamos mais racionalizar para fazer o que precisa ser feito, simplesmente “somos”, e o que antes era uma determinação para um comportamento nosso, passa a ser um hábito em nossas vidas.

Urge em nosso tempo a construção da “Cultura da Paz”. Estejamos disponíveis para esse caminhar, é tudo o que precisamos, compreensão, tolerância com as diferenças, com a diversidade, lembrando que para se ter igualdade, é preciso entre outras atitudes, respeitar o princípio da equidade, ou seja, considerar as diferenças, as peculiaridades de cada um, para promover a igualdade, pois cada um é um, cada comunidade é uma, cada cultura é uma, cada origem é uma, cada história é uma, mas os DIREITOS SÃO PARA TODOS.

Deixo uma dica de um texto sobre a questão educacional, a formação dos nossos educandos, retratando o quanto ainda temos que avançar na questão curricular para contribuir na mudança dos nossos paradigmas relacionados à raça na nossa sociedade, é só clicar no link:

http://www.ciranda.net/spip/article2524.html - ESCOLAS IGNORAM LEI QUE OBRIGA ENSINO DA CULTURA AFRO

quarta-feira, 1 de julho de 2009

LEOPOLDINA FOI SEDE DO "VI FESTIVAL REGIONAL NOSSA ARTE"

No dia 25 de junho aconteceu no Clube do Moinho, em Leopoldina, o "VI Festival Regional Nossa Arte", promoção do Conselho Regional Zona da Mata III - Federação das APAEs de Minas Gerais e da APAE de Leopoldina, o evento contou com a participação de sete das quinze APAEs que integram o Conselho. Foram 12 apresentaçõesde palco, entre Dança, Dança Folclórica, Teatro e Música. Foram expostos 21 trabalhos de arte visual, 21 de artesanato e 8 de arte literária.

Presentes as APAEs de Além Paraíba, Carangola, Cataguases, Espera Feliz, Miraí, Muriaé e Leopoldina, a anfitriã do evento. O Festival é uma seletiva dos trabalhos de Arte nessas instituições e vem a cada edição revelando mais talentos, elevando qualitativamente a produção artística dos alunos nas variadas modalidades apresentadas. Com o incentivo a essas produções através de eventos como este, as APAEs tem a possibilidade de expandir o fazer artístico, seja para a produção cultural, como para a arte educação.

Importante também destacar a participação da comunidade, de todas as pessoas que prestigiaram o Festival, presentes no evento, ou apoiando com patrocínio e incentivos outros, entre estes, representantes da Adminstração Municipal, através da Secretária Municipal de Educação e Cultura, Lúcia Lopes Horta e do Legislativo, através dos Vereadores presentes, como também representantes da imprensa. O Conservatório Estadual de Música Lia Salgado foi um grande colaborador. Foi fundamental a disponibilidade das pessoas que integraram o corpo de jurados, pessoas de reconhecido currículo nas artes: Maria Lúcia Braga, Sandive Santana, Sérgio de Sousa, Aparecida do Carmo Gonçalves Silva, Lúcia Helena Lima de Oliveira Nogueira, Filomena Toledo Gonrado França e Ereny Ferreira Sales (Berê). Esas pessoas somaram credibilidade ao evento.

Vale ainda destacar, o enorme empenho da equipe de profissionais da APAE de Leopoldina e de forma especial, o esforço de sua Diretora Maria Célia Morais, na organização e produção do Festival, que não mediram esforços para promover o evento e bem recepcionar as delegações das demais APAEs. A Coordenação de Arte da APAE de Leopoldina está a cargo da Profª Angela Anjos e o atual Presidente da instituição é o Dr. Marco Antônio de Oliveira Lacerda.

Mas o mérito maior de todos, é dos alunos, dos artistas que fazem o Festival de Arte acontecer, pelo esforço, dedicação, amor e responsabilidade de cada um deles, em se colocar diante de todos nós, sem medo, de coração aberto, produzindo arte, cultura, educação. Entre os destaques das apresentações, a apresentação de folclore da APAE de Leopoldina, com "A Bailarina e o Boi Bumbá" e o número de Dança da APAE de Espera Feliz, através da aluna Adriana, ambas disponíveis em vídeo no link:

http://www.youtube.com/watch?v=3Y3CI4MtcjE

http://www.youtube.com/watch?v=l4FBi2zFhFE

O Conselho Regional Zona da Mata III, tem como sua Presidente a Profª Maria José Marques Ferreira e na Articulação Regional de Arte a Profª Claudia Conte dos Anjos Lacerda.