sexta-feira, 15 de setembro de 2017

MOVIMENTAÇÕES PALACIANAS X LIBERDADE

Chega a ser inusitado o que estamos a assistir no Brasil. Neste dia 14 de setembro de 2017 vi sobre as denúncias apresentadas pelo então Procurador da República que envolvem diretamente aquele que responde pela Presidência do País. Depois ouvi um texto lido que segundo o apresentador do telejornal seria a nota do então presidente. Uma fala por sinal, bem ofensiva, nada elegante ou "republicana", palavra esta que tomou conta ultimamente de declarações e falas diversas... 

O que seria então ter uma fala ou uma ação republicana? Já nem reconheço mais esta nossa esmerada República a brasileira. Escutei falas de comentaristas hoje se referindo as "movimentações palacianas", me soou quase como um déjà-vu de uma derrotada monarquia. Aliás é sempre bom lembrar que a nossa República foi fruto de um golpe ao Imperador e depois aquele que deu o golpe, foi golpeado e destituído da presidência da "República", por outro que talvez tenha se achado o mais republicano de todos. Golpes e golpes...

Estranho contar a história do Brasil assim, de golpes em golpes e ter que conviver com uma república mal resolvida, com líderes golpistas que agem como se fossem imperadores, numa democracia que parece não ter se consolidado ainda. Conchavos espúrios pelo "poder" e de uns tempos pra cá, cada vez mais e entre um número maior de pessoas/políticos/governistas, pelo poder financeiro, fazendo de milhões e bilhões quantias básicas nas transações de interesses particulares, camufladas em serviços e/ou empreitadas públicas, como se o bem público fizesse parte de um baú, em que todos os que se intitulam os poderosos, podem abrir e consumir seus tesouros.
Mas ainda fico com a crença de que vamos girar essa roda e vamos renovar essas práticas e ideias, mesmo que não seja na sua totalidade, mas que seja com mais clareza, verdade, mais equidade, mais equilíbrio e justiça social, com a garantia digna dos direitos de todas as pessoas de bem viver, de conviver em sociedade, de se responsabilizar pelo bem comum, com ética e "liberdade".